terça-feira, 30 de novembro de 2010

AMOR



Amor é um sentimento que induz a obter ou a conservar a pessoa ou a coisa pela qual se sente afeição ou atração; afeição forte por outra pessoa; o próprio ser que se ama; brandura, suavidade.
Esta definição podemos encontrar em qualquer dicionário da língua portuguesa disponível no mercado. Poeticamente podemos citar Luiz de Camões a cerca deste sentimento que “Amor é fogo que arde sem se ver...”. Mas o próprio Camões não conseguiu descrever qual era o significado daquela palavra, pois ela trata de sentimento e o sentir deseja e o pensar limita. Ele se sentiu limitado a explicar o que era amor.
Do ponto de vista cristão conseguimos vislumbrar de maneira muito superficial o que seria este sentimento.  Mas que tipo de amor é esse?
Este é o amor que é relatado em 1 João 4:7-21, pois ele é mais do que um simples sentimento, porque se assim o fosse estaria no âmbito carnal; mas o amor de Deus por nós é muito mais do que isso, porque Ele é o próprio amor.
Em toda a Bíblia encontramos a menção deste profundo sentimento de Deus para com o seu povo e nos lembra constantemente de que a prova maior de seu amor por nós que estávamos no lodo do pecado, foi entregar o seu único Filho a morte para que Ele pagasse o alto preço pela nossa salvação (Romanos 5:8; 1João 4:9-10)
Mas este amor não é somente para que nos sintamos bem e amados tão somente; é muito mais do que sentir, na verdade é um viver. Ele é uma motivação a seguirmos os mesmos passo de Cristo e ter a plena convicção que no final desta caminhada em amor cantaremos o hino da vitória diante de Deus. Contudo o amor, às vezes, exige-nos atitudes práticas e até mesmo não confortáveis para nós. O amor não é uma opção para o cristão, pois somos orientados a servir uns aos outros sem escolha (1 João 3:11 e 4:11).
Ouvi-se dizer que quanto mais se ama mais você tem amor para dar e isso é uma grande verdade, pois quanto mais amamos a criação de Deus mais amor é colocado dentro de nós para tratar, ensinar, cuidar, ajudar essas pessoas. Amor é assim, você ama porque ama, não tem muita explicação, pois toda explicação vem do raciocínio humano e se vem do homem não vem de Deus. Amar é um verbo e verbo é uma ação, um fazer, um agir.
Não dá para imaginar o quão grande é o amor de Deus para conosco, não podemos medir este amor e nem qualificar, pois ele é a essência de Deus e por isso não podemos imaginar.  As vezes Deus coloca pessoas a nosso volta para que elas nos ensine a amar e normalmente são pessoas difíceis de lidar, duronas, que de certo modo não nos afeiçoaríamos por elas de livre vontade, mas que são essas pessoas que são o verdadeiro exercício diário de praticarmos o amor de Deus em nós.
São estas pessoas que nos fazem exercitar todos os dias o amor em nossas vidas, porque normalmente são pessoas muito próximas de nós ao ponto de não podermos nos afastar. Lembrar deste amor e lembrar que foi por causa deste amor que Cristo foi morto por nós é que deve nos impulsionar a querer alcançar cada vez mais a mente e face de Cristo, pois assim estaremos indo em direção a nossa Terra Prometida, a Nova Jerusalém, a Nova Canaã.
Amor é mais do que um bom sentimento, foi uma ordem dada por Deus de forma imperativa – “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo”. Toda a Bíblia foi resumida desta maneira, pois tudo gira em torno do Amor Ágape, ou seja, o amor do tipo de Deus.
Nas escrituras encontramos a garantia do amor de Deus e somos lembrados de que a prova de seu amor ilimitado é que Cristo morreu por nós (Rm 5:8). Mas o amor não pretende simplesmente nos fazer sentir bem, mas especialmente, nos motivar a seguir os passos de bondade de Deus. O amor as vezes, exige atitudes práticas e até mesmo desconfortáveis.

(1Jo 3:11; 4:11) O amor não é opcional: Somos orientados a servir uns aos outros.

► (1Jo 3:14; 4:7) O amor é demonstrável. Nosso amor a Deus é demonstrado no mesmo grau em que demonstramos amor aos outros.

(1Jo 3:17) O amor é ativo é uma ação da vontade. Somos orientados a realizar ações de amor. Se fecharmos os olhos as necessidades dos outros, nosso amor a Deus será questionado.

(1Jo 4:21) O amor é resposta. Somos capazes de amar porque fomos e somos amados por Deus. Esse amor nos motiva a responder amorosamente aos outros. O maior amor que temos como exemplo foi o de Deus quando Ele entregou seu filho unigênito por nós e por tal atitude nunca devemos nos esquecer disso.

Cris Miranda - Espaço Elohim



ALEGRIA






A alegria em nosso idioma significa um estado de euforia, contentamento que se manifesta por palavras e atitudes. Miriã em Ex 15:20 demonstrou sua euforia, contentamento, alegria dançando e cantando ao Senhor. Tanto na língua hebraica quanto no grego existem vários significados para traduzir o conceito de alegria. A palavra alegria é citada 150 vezes na Bíblia. A alegria vem do Senhor mediante do resultado da fé e da obediência (Jo 15:10-11, Rm 15:13).
Na Palavra de Deus diz que a Alegria do Senhor é a nossa força e em muitos momentos de nossas vidas é a única coisa que nos faz permanecer firmes e de pé diante das adversidades. Mas podemos sentir que a alegria do Senhor não é somente a nossa força, mas também a expressão do amor de Deus por nós! Quando fazemos algo que o Senhor está de acordo e Ele se alegra em nós e com isso nos trás benção e milagres para nossas vidas.
A abundância de alegria está ligada diretamente a proximidade e constância do cristão em relação ao caminho do Senhor. O cristão, cheio do Espírito Santo, continua a alegrar-se mesmo enfrentando problemas (Tg 1:2-3).
O propósito da alegria é providenciar bênçãos, pois a alegria nos habilita a desfrutarmos de tudo o que Deus nos tem dado (saúde, família, amigos, oportunidades e salvação). Quando nos alegramos a nossa alegria pode ser dividida com outros (Rm 12:15). A abundância de alegria é fruto do Espírito usufruído por aqueles que permanecem na fé.
A alegria é gerada dentro de nosso coração que o enche de maneira que contagia o corpo inteiro. A alegria é gerada pelo Espírito Santo que enche o nosso ser e é capaz de expandir não só dentro de nós, mas para os que estão a nossa volta. Assim como o amor, a alegria também contagia e expandi sendo dividido, pois quanto mais se tem, mais somos capazes de dar aos outros.


Cris Miranda - Espaço Elohim

O VERDADEIRO MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES - (João 6:1-15)




Jesus faz o milagre da multiplicação dos pães, alimentando, com apenas cinco pães e dois peixes, uma multidão de mais de cinco mil pessoas que O seguia e ouvia Seus ensinamentos.
Estas pessoas não tinham aonde comer e nem comprar o alimento. Jesus, contando com a generosidade de um menino que lhe doou os pães e os peixes, pôde alimentá-las e ainda sobraram doze cestos cheios. Diante deste maravilhoso milagre, a multidão queria coroá-lo rei, o que Ele rejeita imediatamente.
Aquelas pessoas não haviam compreendido o significado profundo de tal milagre. Não era o fato de tê-los alimentado que contava. Jesus, no dia seguinte, faz Seu discurso sobre o Pão da Vida, a eucaristia, ou seja, a celebração em memória da morte sacrificial Dele mesmo.
Ele mesmo daria Sua carne e Seu sangue como alimento, o verdadeiro alimento que não mantém a vida do corpo, mas dá a vida eterna. É Seu corpo, único pão, que se multiplica nos altares de Sua Igreja e alimenta Seu povo. 
Para que isso acontecesse existiu a necessidade de uma doação de um menino de coração puro que ofereceu aquilo que ele tinha  de melhor e precioso (os pães e os peixes).
A sobra de doze cestos cheios significa exatamente isto: seus doze apóstolos foram encarregados de distribuir os pães e que em seus doze cestos sobraram. Aquele pão era destinado a alimentar outras pessoas que não estavam ali, ou seja, levar a Palavra de Deus a lugares ainda não alcançados. Estas pessoas somos nós que recebemos o Pão das mãos dos sucessores dos apóstolos, ou seja, os ministros da Palavra nos dias de hoje.
O que Deus tem para nós é muito mais do que 5 pães e 2 peixinhos, é muito mais do que possamos imaginar. O que Deus tem para nós é para não só suprir, mas também para sobejar, ou seja, sobrar, transbordar e que o que exceder que seja passado para outras pessoas, lembrando sempre que Jesus deu Seu corpo para ser sacrificado por nós.
O milagre na realidade não é somente um milagre, mas sim uma demonstração de grande amor por nós.
Um menino com seu coração disposto deu aquilo que ele tinha de mais valioso, que era os pães e peixes e ofereceu para que fosse aplacado a fome de todos assim como fez Jesus ao entregar a Sua vida na cruz pra que o Seu corpo e Seu sangue servissem de alimentos para a vida eterna.  


Cris Miranda - Espaço Elohim



LIBERDADE EM CRISTO JESUS: O NOSSO MAIOR PRESENTE - (Gálatas 5:1)



  

A expressão Liberdade, na filosofia, designa em uma visão negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. A liberdade  é  uma  necessidade essencial do ser humano, mas poucos entendem o seu significado. 
Os libertinos  pregam  uma liberdade hedonista, ou seja, uma liberação da moral para a satisfação própria. Por outro lado, há aqueles que falam da liberdade em Cristo como sinônimo da prática religiosa. Porém, a liberdade que a Bíblia preconiza é a "Liberdade em Cristo", (Gl. 5:1), isto é, aquele tipo de libertação  plena  e  real, não  de uma espécie de religiosidade farisáica. O tipo de liberdade que Cristo nos conferiu  significa  a  concessão  de  Sua  própria  Vida, mediante  nossa  inclusão Nele, em Sua Morte e Ressurreição, (Jo.12:32; Rm.6; Cl.3:1-5).

A  nossa  morte  em Cristo significa a verdadeira libertação do pecado, do sistema mundano, do Diabo  e  da nossa carne/alma. A nossa ressurreição em Cristo significa nossa regeneração espiritual. Então, se o  Senhor  Jesus  "primeiro"  teve  que  morrer e "depois" passar pela ressurreição, também nós devemos experimentar  primeiramente a "morte em Cristo" para seguidamente experimentarmos a "ressurreição em Cristo". Mas, isto  não  vemos  na  religiosidade. Ao  contrário, querem  uma "liberdade em Cristo" sem a experimentação  da  "morte  do  eu", seja o   "eu"  um  ser ímpio, seja o "eu" um ser meramente religioso. Todavia, a  maravilhosa  Graça  de  Deus  nos  levou  à  morte  em  Cristo  (libertação  do  eu)  para  que pudéssemos experimentar a ressurreição em Cristo (nova vida, novo espírito, nova mente), (Ez.36:26,27; 2 Co. 5:17; Gl. 6:15). Então, sem  morte  do  velho  homem  não  há uma nova criatura, e assim não há a verdadeira liberdade em Cristo, (Jo.8:32,36). Concordo  plenamente  com  a  Bíblia que nossa liberdade encontra-se na Vida de Cristo. Ora, esta é uma  verdade  bíblica  pouco  vivida e divulgada. O que vemos, de modo geral, é uma "tentativa" para ser livre  em  Cristo, mas sem a convicção interna da Vida de Cristo. Todavia, "tentativa" não resume o plano de Deus para nós. Não devemos "tentar viver" uma vida vitoriosa em Cristo. Ora, "vida cristã" é Vida que deriva de Cristo, de outra sorte não seria "cristã". Mas, muitos querem e vivem a "vida cristã" sem Cristo, ou com  uma  idéia  errada  da salvação. E porque que isso acontece? Vejamos do ponto de vista de Cristo:

"Hipócritas! Bem profetizou Isaias a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim.” (Mateus 15:7-8)

É um tanto polêmico relacionar RELIGIÃO com HIPOCRISIA, mas o próprio Jesus se incumbiu de relacionar estas duas palavras.  Afinal, o mestre não veio ao mundo para criar uma nova religião, mas para trazer graça e liberdade ao mundo. Não veio para julgá-lo, mas para salvá-lo.

Os discípulos de Jesus também não compreenderam a repudia que o Mestre sentia pelos fariseus, que eram os sábios religiosos dos tempos de Jesus. A eles, nosso Senhor afirmou que, em sua igreja, não haveria mais doutrina humana. Apenas permaneceria aquilo que o Pai plantou, ou seja, a Palavra de Deus: "Respondeu-lhes ele: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada." (Mateus 15:13). 
A religião vem do homem e a Palavra vem de Deus.

Alguns podem dizer que Jesus desprezava os fariseus simplesmente por que eram homens segundo a Lei do Antigo Testamento, mas basta ler o livro de Provérbios para ver que o Senhor alertava os homens para fugir da religiosidade muito antes da nova aliança. O plano de Deus para o homem não é uma religião. O projeto de Deus é o de ter uma família unida, muito grande, na qual cada filho se pareça com o Pai, assim como o primogênito (Jesus Cristo) se parece com o Pai: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai” (João 1:14)

Este é e sempre foi o propósito eterno de Deus, uma família e não uma religião. Não tem "dogma", não tem "doutrina humana"... Tudo isso vem do homem e muita das vezes do inferno. Enquanto a igreja ficar mergulhada em sua religiosidade ela pode até achar, como os fariseus achavam, que está fazendo a vontade de Deus, mas está realmente sendo iludida, pois como dito anteriormente: A RELIGIÃO VEM DO HOMEM E SOMENTE A PALAVRA VEM DE DEUS!


Cris Miranda - Espaço Elohim



SER SERVO DE DEUS: A NOSSA MELHOR OPÇÃO! (Is 42:1-9)

                 
                                                               



Como bem sabemos este mundo jaz no Maligno e, portanto estamos fadados a estarmos banhados de pecados por todos os lados, porém temos uma opção que por muitos foi tomada por entendermos o que Jesus fez por nós na Cruz e porque Deus entregou Seu único Filho em favor de muitos. Fomos “persuadidos” ao amor de Deus, pois sentimos em nossas vidas que faltava este sentimento em nós. Para galgarmos este espaço no coração de Deus ele nos pede uma única coisa: UM CORAÇÃO QUEBRANTADO. Com o coração quebrandato conseguimos ouvir e sentir melhor o que Deus fez e faz por nós todos os dias. Este amor que move o coração quebrantado nos move também a nos colocarmos a disposição de Deus e ao nos colocarmos a Sua disposição nos sujeitamos a liberdade das coisas do mundo e em contrapartida nos colocamos como servos de Cristo.
O que é ser servo? Ser servo é ter a natureza de Cristo sendo a suprema meta cristã a de imitar Jesus. Múltiplos trechos ensinam que nós devemos seguir Jesus prosseguindo a mesma justiça (1 João 2:29), pureza (1 João 3:3), amor (Efésios 5:2), paciência (1 Pedro 2:18-23), humildade (João 13:1-20), etc. Um trecho paralelo (Isaías 49:6) que trata de Jesus como o servo de Deus é citado em Atos 13:47 e aplicado aos cristãos em geral. Então à medida que lemos nestes trechos qualidades de Jesus, nós devemos tentar imitá-las à risca.
Vejamos algo interessante e diria até controverso. O Senhor admira muito um servo/a, pois ele/a é quem Ele sustenta, que escolheu em quem tem prazer, a quem dá o Seu Espírito. O mais interessante é que a pessoa que o Senhor mais eleva é o/a servo/a!
Assim como Jesus recebeu de Deus o Espírito Santo sem limitações, devemos crescer para nos tornarmos cada vez mais a morada de Deus por Seu Espírito (Efésios 2:21-22)
Mas o Espírito não habita num templo indigno (Ezequiel 8-11; 1 Coríntios 6:19-20) e por isso temos que tirar do nosso corpo, alma e coração todo tipo de pecado. Devemos deixar a Palavra de Deus, que é a espada do Espírito (Efésios 6:17) nos moldar, sempre nos esforçando para nos adaptarmos a fim de imitar a mensagem escrita. À medida que o Espírito de Deus transforma nossas vidas parecemos com Cristo.
Nós nos dizemos cristãos, mas para de fato sermos cristãos temos que imitar a vida e as qualidades de Jesus. Estas qualidades de Isaías 42 formam um excelente começo neste sentido. 
Que imitemos a Ele cada vez mais até que um dia sejamos como Ele. (1 João 3:2-3).
Sendo assim poderemos testificar o que Cristo fez na Cruz através de nossa vida e seremos felizes por sermos chamados de servos de Deus!


Cristina Miranda - Espaço Elohim